terça-feira, 9 de agosto de 2011

SABRE

Nasceu e, nascido, não-sido estava,
posto que se esquecera da tela
em que se descrevia o mundo que estava,
em que residia o pavio de sua vela...
Cresceu, e crê ter sido semente
quando se viu no momento antes
recriado no que acreditou ser presente.
De grego, sua filosofia; seu inferno, de mil Dantes...
Estilhaçou-se e dividiu os cacos
de seu espelho pela cor que via
em cada pedaço cortante que havia
em seus punhos fechados e fracos...
Falou, e falhou no ditado
lhe atribuíndo importância
maior do que a distância
entre imagem e ser consumado
Negando ao não repentinamente
com a força de uma flor que se abre,
uma vírgula no anti-mantra sorrateiramente
foi nova voz cortando o nada, intangível sabre...