Ventaniava em mim, displicente,
o desejo de calar a forma.
Era de uma desordem ainda inocente
o vento que ainda hoje me deforma.
Afirmativo, o ar se fez ao meu nariz engodo.
Enquanto pude ser veleiro, o fiz,
crente de que meu caos era a matriz
do mastro de minha embarcação de lodo...
Sem lótus, fui também o lago
em que submergiu meu continente,
retiro de minha arca subconsciente
que ainda tranco, venero,
apago...
Corsariamente busco a chave do umbral
que se chama arca, que se chama chama,
em busca do naufragado elo natural,
entre lodo, nau e forma...
Entre o mar e o sal,
meu ouro apenas se conforma...
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
?
Eram esquinas, pontos zero, de infinitos planos,
todos cartesianos...
eram numéricas insinuações de incógnitos poemas,
eram a palavra sem a função de tornar-lhes humanos...
Eram estados, eram estáticos,
iludidos pelo espelhado véu mágico da multidão...
Eram o básico, sopro de ausência dotado de reflexiva distinção...
eram a loucura sem status de cura, eram a pura imaginação...
Eram disformes certezas, fissuras, eram um lago de pura intenção,
ainda que não houvesse pulmão para o incerto ato da submersão...
eram delírios em branco e preto, eram a voz de quem lê um desfecho,
silente em virtude da própria tensão em que enfim se recicla o eterno enredo...
No princípio era o verbo... e no fim...
interrogação.....
todos cartesianos...
eram numéricas insinuações de incógnitos poemas,
eram a palavra sem a função de tornar-lhes humanos...
Eram estados, eram estáticos,
iludidos pelo espelhado véu mágico da multidão...
Eram o básico, sopro de ausência dotado de reflexiva distinção...
eram a loucura sem status de cura, eram a pura imaginação...
Eram disformes certezas, fissuras, eram um lago de pura intenção,
ainda que não houvesse pulmão para o incerto ato da submersão...
eram delírios em branco e preto, eram a voz de quem lê um desfecho,
silente em virtude da própria tensão em que enfim se recicla o eterno enredo...
No princípio era o verbo... e no fim...
interrogação.....
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