É noite, e somente a verdade
pode transcender à vaidade
da nuvem que tapa a lua
com sua cor metálica e crua
como espada de lâmina nua
a dividir em pedaços a cidade....
É noite, voz dita é sussurro,
não hesita, é murro
derrubando o grito
do dia restrito
pelo gesto do dito
que pela goela empurro...
É noite, violentamente escrevo
e provoco o relevo
irrelevante do poema,
coroado pelo diadema
de um irônico dilema...
o que há de luz na palavra que entrevo?
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