domingo, 18 de julho de 2010

À UMA MUSA

À noite me anoiteço imerso em reflexões
sobre o que ocorrerá. Tenho consciência
do Sol que circundo, entre devaneios e paixões,
entre a afoitez e a paciência...

Há brisa na janela em que a bela
face dela contempla o infinito.
Demoradamete me perco, aflito,
nos pensamentos dela...
de cada traço de seu rosto
retiro um milhão de dizeres
que não traduzo, sem poderes;
sou a estátua em que eu mesmo me encosto.
Percebo a relatividade do existir,
mergulho em seu olhos e, no salto,
me dirijo direto para o alto,
para enfim, talvez, certamente sentir...
Sei que há algo, decerto contido,
que ela traz em cada sorriso lido
pelos olhos de um sonhador, que sou eu.
Percebo que a Lua que me envolve não morreu...
Percebo que o tempo, que na janela dela chove,
em minha alma enfim floresceu,
e quer que do Sol e da flor eu prove.

Um comentário:

  1. Simplesmente...Obrigada.
    Sinto-me tocada com cada palavra descrita...
    apaixono-me por ti a cada instante que lhe conheço...
    Te Adoro, Luis.
    Um Beijo enorme em seu coração.

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