Eis a parca parte da cidade que sobrevive enquanto os homens dormem,
a luz humana e anti-humana que ainda sobrevive enquanto todos fingimos que morremos...o momento exato em que pulsa o coração de asfalto da cidade
em olhos multicolores, versicolores como qualquer anseio,
versicolores como todas as dores de todos os que dormem e sonham
com aquilo que não acontece...
aquilo que some como cinema nas telas das pálpebras dos seres,
que sobrevive como se morresse a cada dia.
A cidade é um ente vivo e pulsam suas cores,
repulsam a lógica e os amores
até o momento em que tudo cala, em que tudo se abstém,
e há somente os ruídos dos animais,
os animais de metal cujas rodas voam
por cima dos cadáveres dos sonhos que ora adormecem....
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