quarta-feira, 21 de julho de 2010

À GUARATINGUETÁ

Assim que amaneceu o dia, o sono me arrebatou.
A madrugada foi repleta dessas estrelas do interior
que não se ve nas grandes cidades, e o calor,
tão inusitado, por muito pouco nao me matou.
Vejo ao longe uma igrejinha qualquer
em sua bela simplicidade,
e todo o movimento desta cidade,
de quem se move, mas não quer.
Me afeiçoo a cada momento em que vivo
nesse espaço, em que a simplicidade
tiraria uma onda com qualquer vaidade
dos doutos com os quais por vezes convivo.
Compreendo uma das portas do sentido da vida,
a da beleza da observação do corriqueiro,
que por vezes fugia ao meu olhar primeiro
em meio à vida curitibana, agora tão corrida.
Busco apenas no momento fingir dormir,
para que meu ouvido atente ao silêncio puro,
até que chege o momento fatídico, duro,
em que de repente me deparo com o ir...

Um comentário:

  1. Essa é Guaratinguetá. Já ouvi dizer que quem bebe água dessa cidade sempre quer voltar e beber novamente.
    Linda poesia.

    bjs.

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