segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NOME

Se fosse liberto do nome em que estou,
resplandeceria o nome que sou,
enquanto da linguagem se utilizaria o que restou
para livrar também meu próximo do não-mundo que se adensou...

Seria a voz então novelo luminoso
deixando claro o retorno ao princípio
ao lado de fora do labirinto cavernoso.
Da boca, criar-se-iam verbos apenas no particípio....

Feita a luz, despida e redespida a poesia,
a criação ressurreta desencarnaria,
Adão enfim reencontraria Sofia e reproduziria
apenas a unidade da plena sinestesia...
No momento em que o nome emanado
crie de fato o fundamento iluminado
em uma manifestação já não vazia...

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