Sobram ruídos no espaço,
não há som...
Diz-se que há dom,
mas só ruído sobra
do que não há no espaço.
No não-ser me desfaço
qual isento eon....
Sobram ruídos sem tempo,
alturas se confundem em seu tropeço...
rio sem fim ou começo
branco sinal intangível
contemplo...
Todo ouvidos observo
essa sinestesia sem sentido,
segurando águas sem mãos, comedido,
para sumir nessa complexa ausência
em que cores cantam motetes a mil vozes
e as vozes aplaudem o silêncio da libido
sentido pelo sentido quando absorve
a própria incoerência existencial.
É enfim a hora,
em fim: silêncio
em mim: aurora
Lindo.
ResponderExcluirTe adoro meu poeta s2