quinta-feira, 28 de julho de 2011

CAPUZ

Brotou como vontade pura a sinergia
que definiu a coesão de tudo o que se esparsa,
esotérica ascensão ausente da farsa
de que tudo é caos, turba, orgia...
No centro de uma gana autofágica
reside o movimento do Universo,
buscando um devorar-se para destilar o inverso
de tudo o que em si mesmo não for pura mágica.
Chiaro-oscuros chovem no infinito
enquanto só há luz e não nos damos conta.
A luminosidade é auto-referencial, pois remonta
à existência de tudo o que existe em mais que eterno rito.
Portanto, àquele que me lê, profiro nadas,
pois somente o nada existe sem a luz,
a palavra é somente um capuz
para as existências evidentes, mas veladas...

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