terça-feira, 19 de abril de 2011

DEPOIS

Gera-se do acúmulo das visões
o cadeidoscópio que define o lógico.
Figuram por dentro do imagético
os nuances e as impressões
que desfiguram a concretude
de um alento além da cor
que se percebe no dissabor
de se notar imagem da vicissitude.

Há na perfeição a ausência
de tudo o que não a seja,
para que a si mesma veja
e se reflita, resplandecência.
Sábia suprema em sua imagem,
não refuta o caleidoscopiar
das mentes a rodopiar
em torno de sua ausente personagem.

Sabe que, das cores do alento que exala,
a branca matiz de sua máscara nenhuma
se faz reunião de seus olhares, pluma
com a qual o nada o nome assinala.
Expulsas as visões acumuladas, pois,
encontra-se um nome registrado
em linguagem sem passado,
perene reviver da experiência do depois.

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