quarta-feira, 13 de abril de 2011

SÍMBOLOS

Símbolos se movem, continuamente,
e em seu percalço, continua a mente
a devorar a si mesma, qual eternidade
aprisionada pelo mito da vaidade.
Me percebo como símbolo
ao passo que me fragmento,
e, em pedaços, insisto no tormento
até pagar o velho óbolo,
obscuramente retirado da vista.
Inquietamente reduzido
a um panteão de imagens que de mim dista,
me sinto essencialmente um idioma perdido.
Com espanto, noto que produzo
os próprios elementos aos quais me reduzo,
percebendo que, enquanto digo, sumo,
e que a arte é ser de si o resumo... 



Oscilo de uma luz vaga
ao passo que adianto
a reflexão do espanto
com uma vela que se apaga...

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